Alegria de ciclista é ver lama e muita trilha e a de cozinheiro é ver muita comida e ingrediente e foi pensando nisto que resolvemos fazer uma receita para um bom pedal. Vamos aos ingredientes: 1 lugar para encontro, 4 bicicletas, 4 cilistas, 3 colheradas cheias de adrenalina, 1/4 de alongamento, 1 pitada de coragem e Lama a gosto. Para fazer esta receita é simples; Basta seguir os passos da receita do bolo elétrico onde tudo é posto no liquidificador e batido de uma só vez.No nosso caso faremos o mesmo; Juntaremos tudo e colocaremos em nosso trajeto dominical para começar bem a chuvosa manhã de domingo. Nosso pedal de hoje começou por volta das 5 horas e 30 minutos com 3 homens e 2 mulheres a pedalarem por lugares novos e diferentes do habitual clima urbano. O destino de hoje foi conhecer mais a fundo o ecossistema da Prainha. Seguimos rumo a comunidade de Ribeiro Fundo onde de inicio encontramos lama e muita mesmo. Não nos deixamos desanimar e como bravos ciclistas que somos desbravamos a lama e seguimos nossa trilha sempre com um bom humor lá em cima.
Ao chegarmos nos caminhos da escolha pegamos a entrada rumo ao Sítio Ilheta e cada nova localidade que passávamos o acolhimento dos moradores daquela localidade nos motivavam mais ainda, pois pelo simples fato de se ver um sorriso e ouvir um cordial Bom Dia já apagava todo e qualquer sono ou desânimo que por ventura viéssemos a ter. Conviver com a hospitalidade do povo do interior é algo já costumeiro em nossa vidas. Ao chegarmos na casa de um bom samaritano, fomos recebidos com alegria e alvoroço por conta dos cachorros que segundo o dono da residencia serve para espantar os Lobos Guarais e proteger a casa de estranho. Esse senhor foi tão gentil que nós proporcionou um tour pelas cabeceiras da Prainha. Junto com o nosso guia aprendemos bastantes coisas e vimos várias especies de flores e arvores que costumeiramente não se acha nos arranha-céus da cidade. Ao encostarmos nossas bikes na cerca seguimos a pé rumo ao leito da Prainha. Lá encontramos de tudo e de quebra tiramos altas fotos. A Volta foi debaixo de chuva e lama, porem bastante sossegada . Ao lado de um senhor hospitaleiro seguimos a pé por dentro do mato e conhecendo as espécies de plantas nativas do local e histórias sobre o lobo guará e como s pescadores se viravam para pescar peixe e camarão.
Recebemos uma verdadeira aula de pescaria e uma lição de simplicidade. A casa deste bom homem era cercada de bichos e sua esposa junto com ele davam cota do recado. Após nos divertimos e conhecermos lugares novos seguimos nosso caminho de volta a zona urbana. O que antes era descida nos vinha como subida e a lama dando aquele grau de dificuldade fazia da trilha algo ainda melhor de se presenciar. O cheiro de mato verde tomava conta do local e bem ao longe o cheirinho de café nos servia de convite, mas não dava para gente, final de contas não sabíamos de onde ele vinha. Como a trilha foi curtinha com cerca de 24 km/h não teve aquele momento do café da manhã reforçado. Nossa volta se deu por volta das 8 horas e 30 da manhã com tempo nublado. Quem veio a trilha de hoje foi Gorethy, Amorim, João Oliveira, Márcia Barbosa, Márcio Wanderley e Rodrigo Torres. Assim terminamos mais uma edição de nosso diário de bordo que levou para todos vocês as aventuras do Limoeiro Bike Clube.
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